“AO QUAL DEUS PROPÔS para propiciação pela fé no seu sangue” (Rm 3.25).
O Novo Testamento enfatiza várias verdades no tocante à morte de Cristo em prol da humanidade.
(1) Foi um sacrifício, i.e., a oferenda do seu sangue, da sua vida (1 Co 5.7; Ef 5.2).
(2) Foi vicária, i.e., Ele morreu, não para seu próprio bem, mas para o bem dos outros (Rm 5.8; 8.32; Mc 10.45; Ef 5.2).
(3) Foi substituinte, i.e., Cristo padeceu a morte como a penalidade do nosso pecado, como nosso substituto (Rm 6.23).
(4) Foi propiciatória, i.e., a morte de Cristo em prol dos pecadores satisfez a lei justa de Deus, bem como a ordem moral divina. A morte de Cristo removeu a ira de Deus contra o pecador arrependido. A integridade de Deus exigia que o pecado fosse castigado e que fosse feita propiciação junto a ele, em nosso favor. Pela propiciação no sangue de Cristo, a santidade de Deus permaneceu imaculada e ele pôde manifestar, com toda justiça, a sua graça e amor na salvação (v. 25). Deve ser enfatizado que o próprio Deus propôs Cristo como nossa propiciação. Ele não precisava ser persuadido a demonstrar misericórdia e amor, pois “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2 Co 5.19; cf. Jo 3.16; Rm 5.8; 8.3,32; 1 Co 8.6; Ef 4.4-6).
(5) Foi expiatória, i.e., um sacrifício para fazer expiação ou reparação pelo pecado. Como expiação, o sacrifício visa a remir a culpa. Pela morte de Cristo, foram anulados a culpa e o poder do pecado, que fazem separação entre o Deus e o crente.
(6) Foi eficaz, i.e., a morte expiatória de Cristo tem em si o poder de produzir o efeito cabal necessário da redenção, quando esta é buscada pela fé.
(7) Foi vitoriosa, i.e., na cruz, Cristo triunfou na sua luta contra o poder do pecado, de Satanás e de suas hostes demoníacas, que mantinham o ser humano no cativeiro. Sua morte foi a vitória inicial sobre os inimigos espirituais de Deus e dos homens (Rm 8.3; Jo 12.31,32; Cl 2.15). Assim sendo, a morte de Cristo é redentora. Dando sua própria vida como resgate (1 Pe 1.18,19), ele nos libertou dos inimigos que mantinham a raça humana na escravidão, i.e., o pecado (Rm 6.6), a morte (2 Tm 1.10; 1 Co 15.54-57) e Satanás (At 10.38); e nos libertou para servirmos a Deus.
(8) Todos os benefícios da morte sacrificial de Cristo, mencionados acima, pertencem, em potencial, a todo ser humano, mas tornam-se realidade somente para aqueles que, pela fé, aceitam Jesus Cristo e seu sacrifício redentor em lugar deles.
Comentários: Bíblia de Estudo Pentecostal
Transcrição:
Pr. Airton Evangelista da Costa
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