A origem das Sociedades Bíblicas remonta ao século XIX e à história de MARY JONES, uma menina determinada, corajosa e persistente, que viveu há mais de duzentos (200) anos no País de Gales, Reino Unido. De família muito pobre, MARY morava com os país nos arredores de uma cidadezinha do interior, numa pequena propriedade rural. Para garantir o seu sustento, toda família tinha de trabalhar muito duro. E o único dia de descanso semanal era o domingo, quando MARY e seus país interrompiam a árdua rotina para irem à Igreja.
Desejo de ter uma Bíblia
Com apenas nove (09) anos, idade em que foi alfabetizada, MARY estabeleceu uma meta para si mesma: ter uma Bíblia que fosse sua e estivesse na sua língua, o galês, para ler quando quisesse. Nessa época, ter uma Bíblia era mais do que uma meta; um verdadeiro desafio. Os livros eram muito caros. E, se já para as pessoas ricas era difícil compra-los, para as pobres, então, era praticamente impossível. Isso acontecia porque havia poucos livros à disposição e em poucos idiomas.
Mas, apesar dos obstáculos, MARY estava determinada. Para isso, durante seis anos trabalhou duro para reunir a quantia necessária. Cuidou de galinhas, vendeu ovos, juntou restos de fios de lã para tricotar meias e vende-las no mercado, colheu milho....Tudo o que ganhava ia direto para o cofrinho com um único e especial propósito: comprar a sua Bíblia.
Finalmente aos quinze (15) anos, MARY conseguiu juntar o suficiente para comprar a Bíblia que tanto queria. Porém, mais um obstáculo se colocou à sua frente: quarenta (40) quilômetros que teriam de ser percorridos a pé até a cidade mais próxima, na qual poderia adquirir o seu exemplar. Foi uma jornada solitária, exaustiva e arriscada. E por pouco MARY não chegou tarde demais, vendo frustrar o seu sonho acalentado durante anos. N local indicado para a compra da Bíblia, havia restado apenas um único exemplar em galês, a sua língua natal. A realização do sonho dessa obstinada menina encerra uma parte dessa bela história, mas um novo e inspirador capítulo se inicia.
A palavra para todos
Passado algum tempo, a história da menina galesa chegou a Londres, mais precisamente aos ouvidos de um grupo de líderes cristãos. Surpresos, mal puderam acreditar no que ouviram. Era inaceitável que uma criança, ou qualquer outra pessoa, tivesse de passar por tudo aquilo para ter uma Bíblia. Algo tinha de ser feito para mudar essa situação. Era preciso imprimir mais exemplares da Bíblia. Mais do que isso: seus preços tinham de ser mais acessíveis e a Bíblia deveria estar disponível em todos os idiomas. Aquele grupo de pessoas decidiu, então, fundar uma organização exatamente com esses objetivos. Assim surgiu, em 1804 (mil oitocentos e quatro), na Inglaterra, a primeira Sociedade Bíblia, a Sociedade Bíblia Britânica e Estrangeira.
Cerca de dois séculos se passaram e, ao longo desse período, as Sociedades Bíblicas não mediram esforços para traduzir as Escrituras Sagradas, de forma a abranger desde os idiomas mais falados até aqueles usados por grupos minoritários. Também buscaram otimizar o processo de produção gráfica, a fim de oferecer um número crescente de Escrituras com qualidade e preços acessíveis. E, por fim, criaram eficientes canais de distribuição, com a ajuda de Igrejas Cristãs do mundo todo, com o objetivo de fazer com que a Palavra de DEUS esteja facilmente disponível a todos.
Embora muito já tenha sido realizado, a missão e o desafio permanecem. Assim como MARY JONES, ainda há muitas crianças e adultos ansiosos pelo momento em que terão em suas mãos um exemplar da Bíblia.
No Brasil
A Sociedade Bíblica do Brasil foi criada em conseqüência do movimento gerado por MARY JONES. Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos, organizada por Igrejas e Cristãos, que se dedica à tradução, publicação e distribuição de Bíblias e materiais bíblicos. Fundada em 1948, sua missão é fazer com que a Palavra de Deus chegue a todas as pessoas do país. Para isso, vários são os programas sociais desenvolvidos pela entidade com o objetivo de levar o benefício da Palavra a todos, especialmente aos mais necessitados. Eles são desenvolvidos em parcerias com Igrejas e Instituições que vêem na Bíblia um instrumento valioso de transformação do mundo.
Fonte: Folheto da Sociedade Bíblica do Brasil
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